É importante que as pessoas façam esforços para se adaptarem as diferentes situações no dia a dia…
É importante que as pessoas façam esforços para se adaptarem as diferentes situações no dia a dia, sejam situações positivas ou negativas, mais ainda mais importante é que seus esforços não extrapolem os limites de sua capacidade de adaptação física e psicológica.
Estresse pode ser definido como um estado de tensão que desequilibra, prejudica internamente o organismo.
O desequilíbrio ocorre quando a pessoa está diante de uma mudança significativa e necessita de uma adaptação por parte do seu organismo que ultrapassa sua capacidade de adaptação.
Ou seja, o estresse é uma reação que ocorre quando nos esforçamos para nos adaptarmos a uma situação importante. Ele pode ser negativo ou positivo.
O estresse negativo é o estresse em excesso. Ele ocorre quando os esforços ultrapassaram seus limites e esgotaram a sua capacidade de adaptação. A pessoa gastou suas energias como se acreditasse que elas não tivessem limites, nunca acabassem.
O organismo fica comprometido e sua energia mental fica reduzida. Sua capacidade de ação fica muito prejudicada; a pessoa não consegue manter-se equilibrada e a sua qualidade de vida fica prejudicada, podendo inclusive adoecer.
O estresse positivo é o estresse em sua fase inicial, isto é, a pessoa fica motivada e entusiasmada, cheia de energia. O seu interesse é tão grande que ela pode passar por períodos em que dormir e descansar passa a não ter tanta importância, é a chamada “fase de alerta”.
Na fase de alerta o organismo produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia, fazendo a pessoa produzir mais e ser mais criativa. É a fase da produtividade.
O problema é que ninguém consegue ficar em alerta por muito tempo, pois o estresse se transforma em excessivo, ou negativo, quando dura demais.
Estresse ideal: é quando a pessoa aprende o manejo do estresse e gerencia a “fase de alerta” de modo eficiente, alternando entre estar em alerta e sair de alerta.
O organismo precisa entrar em homeostase* após uma permanência em alerta para que se recupere. Não há dano em entrar de novo em alerta após a recuperação.
Doenças começam a ocorrer se não há um período de recuperação, pois o organismo se exaure e o estresse fica excessivo devido a algum evento estressor forte demais ou porque se prolonga em excesso.
* Propriedade auto-reguladora de um sistema ou organismo que permite manter o estado de equilíbrio de suas variáveis essenciais ou de seu meio ambiente.
Os fatores são as tensões de fontes externas e internas de acordo com a sua natureza.
São os eventos externos criadores de tensão que ultrapassam a habilidade das pessoas se adaptarem ao ritmo em que ocorrem. Eles geram inseguranças e incertezas. Exemplos:
Atender a pressão diária de ser sempre bem-sucedido.
– Tentar resolver tudo de uma vez, etc.
Além das causas externas de estresse mencionadas acima, que são fáceis de serem reconhecidas, existem outras causas que nem sempre são discutidas:
Sim, isto vai contribuir para que a pessoa fique mais estressada, mas o que vai determinar o nível de estresse dessas pessoas são dois fatores: o que ela pode fazer para enfrentar a fonte de estresse e o quanto ela pode acredita que pode ser afetada por essa fonte.
A interação entre o que ela pode fazer para enfrentar a fonte de estresse e o quanto ela acredita que pode ser afetada por essa fonte é discutida como possível fator potencializador ou atenuante.
Exemplo: Geneticamente a mulher é mais forte que uma barata, mas aprendeu durante sua vida que…
Sim, na medida que a pessoa apenas gasta energia todo o seu organismo vai ficando alterado e suas funções podem ficar comprometidas.
O homem vive hoje de modo muito diferente de antigamente e esses novos hábitos nem sempre representam avanços do ponto de vista da qualidade de vida.
Uma boa qualidade boa qualidade de vida consiste em estar bem nas áreas afetiva, social, profissional ou escolar e a saúde. Estar bem apenas em uma área não é sinal de qualidade de vida.
No Brasil as mudanças estão ocorrendo em ritmo vertiginoso e isto colabora para que o nível de estresse da população esteja alto.
Muitos estudos (dissertações de mestrado e teses de doutorado realizadas por psicólogos na PUC–Campinas) revelaram um alto nível de estresse em camadas da população as mais variadas.
Por exemplo: os trabalhos que estudaram o estresse ocupacional de alguns profissionais revelaram um alto nível de estresse em executivos – tanto homens, como mulheres, em policiais militares, professores e bancários.
Curiosamente não, as mudanças ocorridas no nível da organização da sociedade estão correlacionadas mais com a saúde.
Por exemplo, no século passado a causa mais freqüente de morte era a infecção, hoje em dia a causa mais freqüente é as doenças cardiovasculares.
A hipertensão arterial é responsável por uma grande parte das mortes devido a acidente vascular cerebral.
E mais, enquanto mais homens que mulheres sofriam de enfarte do miocárdio e de morte cardíaca súbita, hoje o número de mulheres acometidas por esses males sobe assustadoramente.
Um dos fatores contribuintes para a origem dessas doenças é inegavelmente o estresse.
Sim, no caso dos bancários foi surpreendente verificar a alta incidência de doenças cuja origem se julga envolver o estresse, tais como hipertensão arterial, úlceras, problemas dermatológicos, retração de gengivas, etc.
Vou responder com as palavras de uma grande conhecedora deste assunto, Marilda Lip:
– Em uma sociedade em mutação como a nossa, imatura ainda em seu desenvolvimento, porém com um potencial imenso para realizações e progresso, há de se prever que o estresse continuará presente ou tenderá a aumentar.
É de se prever também que haja um aumento cada vez maior de doenças psicofisiológicas ligadas ao estresse a não ser que medidas profiláticas de ensino de manejo e gerenciamento do estresse sejam implementadas e que o tratamento do estresse seja oferecido como parte de planos de saúde a nossa sociedade que na maioria das vezes sente os efeitos do estresse sem sequer saber identificar o que ele é.
Desse modo, propõe-se que seja possível, pelo menos, reduzir a predisposição ao desenvolvimento da reação do estresse emocional por meio de medidas psicológicas que se baseiam na reestruturação cognitiva e que tenham por objetivo a reformulação de pensamentos estressógenos.
Essa afirmação se baseia no vários estudos (Torrezan, 1999; Brasio, 2000; Vilella, 2001; e Tanganelli, 2001) que têm comprovado a eficácia do treino de controle do estresse (Lipp, 1984; Lipp e Malagris, 1995) na redução de crenças irracionais ou pensamentos disfuncionais como descritos por Ellis (1973) e Lega, Caballo e Ellis (1997) e no nível geral de estresse das várias populações estudadas.
Mas, se você ultimamente está sempre irritado, perdendo a paciência com todos, com azia diária, se o cabelo está caindo e se acorda segunda-feira com o corpo de sexta-feira, pode ser que o stress tenha entrado em sua vida. Isto acontece às vezes tão devagar que a pessoa não percebe. Outras vezes há algo grande que ocorre e que nos leva ao stress de imediato.
Se descobrir que está com stress, tenha calma. O stress tem cura e você pode aprender a controlar o stress em sua vida. Existem tratamentos especializados para isto que podem ajudá-lo a se recuperar e a nunca mais ter stress excessivo.
Eliminar os sintomas de stress é importante porque a pessoa passa a se sentir melhor. Se alguma doença ligada ao stress já apareceu, procure um médico especialista na área afetada. Mas, é sempre bom saber as causas do stress e descobrir como lidar com elas de modo a não se estressar mais no futuro. Para isto, um psicólogo especializado em stress deve ser consultado.
Autor: admin
“CTCC - A criação e a evolução do Centro de Terapia Cognitiva Comportamental de Bauru.”